- Mas, eu não sei o nome dele...
Ao dizer isto, Sióg guardou o pendente e foi comer qualquer coisa. Estava cansada e com fome. As emoções tinham sido muito intensas e a mente dela não estava a funcionar.
Lá fora, o vento levantava-se e sentia-se poeira no ar...
- Aproxima-se uma tempestade de areia...
Ao ouvir isto, a pequena fada foi verificar as janelas e reforçar as que pareciam mais fracas. Depois, fechou a porta e colocou o armário, com a ajuda de Goath, a trancá-la.
- Não podemos fazer mais nada! Espero que não seja muito forte...
Os dois deitaram-se no canto de onde o vento soprava. A princípio não conseguiam adormecer, mas o cansaço conquistou-os...
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- SIÓG!
A fada estava sozinha no meio da escuridão. Não se via, ouvia, sentia nada... A não ser aquele grito que ecoava em paredes invisíveis...
- Quem está aí?
- SIÓG!
- QUEM ÉS?
Os gritos da fada fundiam-se com o silêncio... Eram absorvidos pela escuridão que a rodeava.
- SIÓG!
- Diz! FALA! MOSTRA-TE!
Os joelhos fraquejam. As lágrimas começam a escorrer e, sem ela o querer, começa a soluçar...
De repente, uma luz incide em algo...
Ela limpa as lágrimas e tenta focar os olhos. Debaixo do foco de luz estava Misneach! Pálida, com a cara encovada e com sangue a escorrer da ferida feita pela flecha...
- MISNEACH!
Tentou levantar-se, para ir ter com ela, mas algo a prendia ao chão. Como se os joelhos se tivessem colado.
- MISNEACH!
Assim que acabou de gritar, Misneach transforma-se num falcão e passa a rasar a cabeça de Sióg...
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- MISNEACH!
- Calma, Sióg! Foi só um son...
Da bolsa de Sióg, surge um falcão que pousa mesmo em cima do armário.
- Olá, Sióg! Mestre Goath!
Rui M. Guerreiro, o guerreiro ruim