- Ádhamh!
- Sim, mãe!
- Não sou tua mãe!
- És!
- Porque me chamas de mãe?
- Foste quem pegou em mim, quem me limpou as lágrimas, que festejou comigo, que me abraçou...
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- Goath!
- Sim, Sióg?
- Nunca tinhas corrido tão rápido, como agora...
- Eu não corri...
Ambos olharam para Ádhamh. O humano estava a limpar as suas roupas.
- Que poder tens tu?
- Vamos, a rainha está à nossa espera!
Sem acrescentar mais nada, ele começa a correr na direção dos portões do castelo. Goath transforma-se em amuleto e Sióg segue-o a voar.
Os portões abriram-se assim que Ádhamh se aproximou, a General Bua veio recebê-lo e começou a acompanhá-lo. Sióg, apesar do seu estatuto de guerreira do Reino das Fadas do Oeste, foi mandada parar! Ela só podia entrar com autorização...
- Deixem-na entrar!
- Mas, senhor... É só uma guerreira de fronteira!
- Não, ela é a minha salvadora...
As sentinelas deixaram entrar Sióg e ajoelharam-se perante ela.
- Obrigado, fada guerreira!
Sem entender o que se passava, ela atravessou o portão e viu-se perante a famosa General Bua, a vencedora da Batalha dos Quatro Reinos. A fada que, junto com a rainha Gcroí, construiu cem anos de paz, até o ser humano aparecer...
- Ádhamh, tu és...
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- Sióg, este é o meu filho...
A fada guerreira ficou espantada. À sua frente, e ao lado direito da rainha das Fadas do Oeste, estava um pequeno humano, com os dedos do nariz e a rir-se.
- Há algum problema, pequena guerreira?
- Não, minha excelsa rainha!
- Vais ensinar-lhe a lutar!
- Desculpe a ousadia, arquitecta da paz, mas... Porquê eu?
- Sabes, há coisas que só fazem sentido, quando olhamos para trás...
Rui M. Guerreiro, o guerreiro ruim